De menino moço, magro, só pele e osso, cabelo russo espetado
Mais pareciam agulhas secas de pinheiro em dias de Janeiro.
Pequenino de pés descalços, sujos da terra que pisava mas ligeiros.
Mais pareciam agulhas secas de pinheiro em dias de Janeiro.
Pequenino de pés descalços, sujos da terra que pisava mas ligeiros.
Numa fraga deitado o sol por mim a passar até a chegada da luz do luar.
Era eu ainda criança, filho de gente humilde, com muita esperança
Vim para a cidade. Cresci e estudei mas magro continuei.
Trabalhando, estudando e correndo o meu mundo fui alcançando.
Do namoro ao casamento foi em três tempos.
Logo depois num abrir e fechar de olhos fui pai de dois rebentos.
Pelo mundo correndo muitos troféus ganhei
Mas o maior de todos foi a amizade que eu dei e conquistei.
De menino de aldeia a homem da cidade cheguei.
Meu nome Joaquim árvore de fruta Pereira
E assim fiquei na rua que com o meu nome herdei.
E assim fiquei na rua que com o meu nome herdei.
Bigode farfalhudo e longas sobrancelhas já rugas tenho na pele pelo sol queimada.
Cansado e com alguns cabelos brancos ficaram os olhos verdes que na juventude era um encanto. Triste e feliz é o destino que eu tenho e a sabedoria que não tive em pequeno.
Joaquim Pereira
06 de Outubro de 2008
C.L.C. UC 7